quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A Geração Homo Zappiens


"Mais evolutiva do que revolucionária, a tecnologia fez surgir uma geração que controla quase todos os equipamentos com simples toques dos dedos. Esses "homo zappiens", que nasceram ao lado do computador, criaram o aparentemente estranho hábito de se comunicar principalmente por mensagens escritas. Reféns do aumento da violência nas cidades e pressionados pelo excesso de afazeres, adolescentes e pré-adolescentes desenvolveram na relação com a tecnologia uma nova cultura".
“A nova geração, que aprendeu a lidar com novas tecnologias, está ingressando em nosso sistema educacional. Essa geração, que chamamos de geração Homo zappiens, cresceu usando múltiplos recursos tecnológicos desde a infância: o controle remoto da televisão, o mouse do computador, o minidisc e, mais recentemente, o telefone celular, o iPod, o aparelho de MP3. Esses recursos permitiram às crianças de hoje ter controle sobre o fluxo de informações, lidar com informações descontinuadas e com a sobrecarga de informações, mesclar comunidades virtuais e reais, comunicarem-se e colaborarem em rede, de acordo com suas necessidades.
O Homo zappiens é um processador ativo de informação, resolve problemas de maneira bem hábil usando estratégias de jogo, e sabe se comunicar muito bem. Sua relação com a escola mudou profundamente, já que as crianças e os adolescentes Homo Zappiens consideram a escola apenas um dos pontos de interesse em suas vidas. Muito mais importante para elas são suas redes de amigos, seus trabalhos de meio-turno e os encontros de final de semana. O Homo zappiens parece considerar as escolas instituições que não são conectadas ao seu mundo, como algo mais ou menos irrelevante no que diz respeito à sua vida cotidiana. Dentro das escolas, o Homo zappiens quer estar no controle daquilo com que se envolve e não tem paciência para ouvir um professor explicar o mundo de acordo com suas próprias convicções. Na verdade, o Homo zappiens é digital e a escola analógica. (...) O Homo zappiens não usa a linearidade, ele primeiro começa a jogar e, depois, caso encontre problemas, liga para um amigo, busca informação na internet ou envia uma mensagem para um fórum”. (VEEN, Wim; VRAKKING, Bem. Homo zappiens: educando na era digital. Porto Alegre: Artmed, 2009. P. 12, 31).
Para estes seres humanos que cresceram em meio as novas tecnologias, os mundos físicos e digitais não são diferentes.
Eles aceitam a tecnologia como ferramenta, sem medo, para criar estratégias a fim de lidar com ela.
Criamos todo um playground digital para nossas mentes. Onde a distância e a aparência parece não ter mais importância. Quase esquecemos que ainda precisamos comer e que todas essas ferramentas precisam ser produzidas.
http://www.uniblog.com.br/gestaotics/414952/a-geracao-homo-zappiens.html

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